sábado, 9 de março de 2013

Mitos sobre Kiko e Carmen


Do livro: Catequese Neocatecumenal e Ortodoxia Papal - Pe. Enrico Zoffoli

Este é outro ponto do Caminho. Se trata do enorme poder dos catequistas, o ingênuo fanatismo das comunidades do Caminho neocatecumenal, a renuncia aos bens pessoais, às humilhações a que se submetem os dirigentes a alguns membros do grupo, tudo isto tem uma explicação na fé cega de todos nele, quase sobre-humano, poder carismático tributado a Kiko e Carmen. São fascinados até sacerdotes e bispos.

Não sou o primeiro a pensa-lo. Nossas observações criticas – segundo Mons. Luis A. Luna Tobar, bispo de Cuenca (Equador) – fazem referencia antes que nada ao “culto” dos fundadores. “Kiko, o culto de sua figura e à de Carmen, obtem como resultados, dentro das comunidades, uma magia inaceitável...” (Cit. Por Il Regno, 15/10/1993, pg 554).
Magia aumentada pela colaboração de “catequistas” que no inicio do Caminho buscam concentrar a vontade do grupo com técnicas psicológicas e sociológicas, de sorte que causem nos mais débeis entusiasmos e reações fortes até o fanatismo e à exaltação mística, sendo que nos mais fortes gera desgosto, mal-estar e rebelião, que se sufocam pela rigidez das regras do Caminho neocatecumenal, baseadas no silêncio e no segredo sobre tudo o que ocorre na comunidade.
“Os testemunhos sobre os próprios pecados que acompanham desde sempre o Caminho neocatecumenal, perturbam e violentam as consciências dos participantes débeis e indefesos...”. A exaltação até que “durante as liturgias [...] haja sempre quem se confesse publicamente, em alta voz, dizendo por exemplo: me masturbei durante toda a noite, e violei a filha de minha amante, ou me droguei e depois me entreguei aos prazeres sexuais, e assim por diante. E isto sucede em presença de crianças e adolescentes, escandalizando-os e fomentando neles curiosidades nocivas...”. Comenta assim uma testemunha de tal acontecimento.
Pois bem, num clima de exaltação, tudo é possível. Citando o teólogo R. Blázquez, o mesmo testemunho escreve: “A enfase posta sobre a incapacidade do esforço humano suscita inquietude em alguns... Resulta muito mais clara também a percepção da liberdade do homem que está como encadeada. Sim, é verdade, a liberdade do homem está como encadeada, e por isto é também muito fácil copiar o mau exemplo!” Estes são os frutos do Caminho?

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