terça-feira, 27 de agosto de 2013

Juízos doutrinários de Padre Enrico Zoffoli à "teologia" de Kiko- Carmem

"Relembrado tudo isso, posso declarar, contra a teologia de Kiko-Carmem:

É falso que o homem, mesmo sofrendo as conseqüências do pecado original, não seja mais capaz de resistir ao mal e de fazer o bem: a sua liberdade e responsabilidade moral é indiscutível, contra o pessimismo luterano.

É falso que o demônio, por mais malvado e insidioso que ele seja, possa dominar a vontade humana a ponto de constrangê-la ao pecado, pelo que a culpa não recaísse principalmente sobre o homem.

É falso que o homem, com o socorro da graça, não possa nem deva lutar contra as próprias paixões, ou seja esforçar-se por corrigir-se e tender positivamente à santidade de seu estado.

É falso que uma verdadeira conversão comporte apenas o reconhecimento e a acusação dos próprios pecados com a esperança do perdão de Deus; e não exija, portanto, também, a contrição e o firme propósito de não pecar mais.

É falso que a recuperação da graça não implique aquela «justificação» que, junto, é espiaçãio do pecado, reconciliação com Deus e real regeneração da alma, que torna a gozar de sua amizade e merecer a vida eterna.

6° É falso que o homem, pecando, não ofenda verdadeiramente a Deus e não seja por isso obrigado a expiar a sua culpa, satisfazendo um grave dever de justiça.

É falso que Deus, exigindo tal satisfação mediante o sacrifício, seja «cruel»: Como é falso dizer que Ele não visa recuperar alguma coisa que o homem, pecando, Lhe tenha subtraído; como é falso que o homem pode prejudicar apenas a si mesmo, recusando o seu único Bem. É falso dizer que a «satisfação» a que o homem está obrigado consiste no re-afirmar o absoluto primado de Deus e a radical dependência da criatura com relação a Ele. Somente assim ela dá a Deus aquilo que é de Deus, e a si aquilo que é seu. O dever da justiça coincide com o do respeito devido à verdade ontológica de Deus e do homem.

É falso que a «religiosidade», fundada sobre a natureza e a razão, não seja um verdadeiro e digno culto devido a Deus qual Criador e Providência, e não seja por isso a legítima e obrigatória etapa a alcançar, necessária para que o homem chegue a adorar o «Deus vivo» da Revelação hebraica-cristã.

É falso que, na Igreja Católica, o sacrifício seja um resíduo da mentalidade pagã. Ela seria isso somente se Deus, a quem se o oferece, fosse um ídolo qual era concebido pela mitologia clássica: ciumento e vingativo... A lei mosaica prescrevia um «sacrifício de expiação» além de outros, que para os celebrar Deus instituiu o «sacerdócio». Porque a Igreja não deveria tê-lo como supremo ato de culto?

10° É falso e blasfemo afirmar que Jesus, Verbo encarnado, não tenha redimido a Humanidade pecadora, expiando as suas culpas com o Sacrifício da Cruz.

11° É falso e ofensivo negar que Ele se tenha apresentado com o único e supremo Modelo de vida, e que a salvação seja possível somente para aqueles que se esforçam por imitar o seu exemplo.

12° É falso ensinar que Jesus para continuar na terra a sua mediação salvífica e aplicar às futuras gerações os méritos de seu Sacrifício de expiação e redenção, não tenha instituído a Igreja como sociedade à também hierárquica, ou seja visível e juridicamente organizada.

13° É falso considerar que os poderes por Ele conferidos à Igreja não sejam fundados unicamente sobre o sacramento da Ordem Sacra, ou seja, sobre o sacerdócio ministerial, essencialmente distinto do sacerdócio comum a todos os batizados.

14° É falso sobretudo pensar que o mais sublime e característico ato do culto católico não seja a celebração do sacrifício eucarístico como renovação incruenta do único, perfeito e irrepetível Sacrifício da Cruz. Somente morrendo Cristo redimiu o mundo, e não ressurgindo, como apenas pela participação em sua morte o homem pode merecer a vida da alma (= a graça) hoje, e, amanhã, a ressurreição da carne.

15° É falso que a Missa não seja «O» sacrifício por excelência, mas que seja apenas um «banquete fraterno»; é inegável em vez que este — ou seja, a Comunhão eucarística — deriva seu significado próprio e a eficácia santificante da participação dos fiéis no Sacrifício de Cristo, representada na distinta consagração do pão e do vinho, feita no altar pelo sacerdote-ministro, não pela comunidade, cuja eventual ausência não torna inválida a celebração eucarística.

16° É falso que a consagração do pão e do vinho limitam-se a conferir a estes elementos um novo significado, deixando-os essencialmente imutáveis; de fato, a consagração torna aqueles elementos o Corpo e o Sangue de Cristo em virtude do prodígio absolutamente único da transubstanciação.

17° É falso que, após a consagração, sobre o altar temos somente sinais do Corpo e do Sangue de Cristo, e não um e outro verdadeiramente, realmente e substancialmente presentes, ou seja, a mesma Humanidade integral assumida pelo Verbo. Não adoramos "o sinal", mas o Significado; não o "símbolo" de Cristo, mas a sua própria Pessoa divina.

18° É falso que a Comunhão eucarística não exija a Confissão sacramental dos pecados mortais ou que, ainda, seja suficiente um ato de contrição perfeita para recebê-la dignamente...; e é também falso afirmar que não é o sacerdote-confessor, mas a comunidade que reconcilia o pecador com Deus.

19° É falso que Deus perdoa e salva todos: perdoa somente a quem se arrepende de tê-lo ofendido; e se salva somente quem, correspondendo à sua graça, morre em paz com Ele. O inferno é realíssimo tanto quanto é possível a obstinação do pecador que morre no estado de impenitência final.

20° É falso que não devemos imitar as virtudes de Cristo e tender à santidade, possíveis através do exercício de uma ascese, prática voluntária dos conselhos evangélicos. A purificação interior que a segue é indispensável para evitar o purgatório.

6 comentários:

  1. Querido irmão,
    Que a paz de Cristo esteja contigo!
    Gostaria de convidá-lo a, neste momento, orar comigo, invocando o nome da Mãe Santíssima da qual somos servos indignos, porém zelosos.
    Peçamos que, pelas mãos de Maria, possamos receber em nossos corações a Caridade, mais alta rainha dentre as virtudes. Ainda que nossas bocas proclamem e nossas mãos trabalhem, sem a Caridade, não há nada.
    Deus caritas est. Deus é amor. Crês nisso?
    Que a Virgem Maria possa olhar com ternura nosso desejo infindável de buscar a Verdade. Ora, Cristo é a Verdade! Que possamos abrir nossos corações para recebê-lo, pelas mãos da Santíssima. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
    O que é loucura para o mundo, o que é loucura para os sábios, para os estudiosos, para os ilustrados, é Sabedoria para Deus. Sabedoria que nós não entendemos, e temos tendência de classificar, de julgar, de incriminar.
    Deus é bom e compassivo. Ele faz novas todas as coisas, não é mesmo? Não é isso o que você tem atestado com a própria vida? Se é verdade que Cristo vive em você, se é verdade que Cristo vive em mim, ou em qualquer outro, então podemos amar! Amar a quem? Ao próximo. Ao inimigo. Amar até que doa. Até que tenha-se que morrer: e morte de Cruz. No rosto do outro está Cristo. No rosto do irmão, no rosto do inimigo, no rosto de todos está Cristo. Não se é cristão se não se reconhece isso.
    Que a Virgem Santíssima possa olhar com bondade sobre nós, pecadores. Nós, que não entendemos os desígnios de Deus, mas que somos chamados a ser parte desse Corpo: do Corpo de Cristo, que é Um só.
    Amém!

    Com muito amor e caridade cristã, encomendo sua vida à Maria, e peço que você também possa rezar por mim!

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  2. Cara Srta. Maria Isabel, salve Maria!

    Está certíssima em tudo o que disse!
    Estou rezando por ti.

    Fique com Deus e tenha uma santa semana.

    In Iesu et Maria,

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  3. Nunca vi francisco argüello se defendendo, graças a Deus, pois o verdadeiro cristão não se defende,
    da a própria vida.


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  4. Pe Henrico, quanta bobagem no texto acima. E está
    claro que o senhor não conhece as catequeses de kiko. Se o Sr for paroco, sua paróquia deve estar vazia creio eu.

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  5. Pe Henrico, quanta bobagem no texto acima. E está
    claro que o senhor não conhece as catequeses de kiko. Se o Sr for paroco, sua paróquia deve estar vazia creio eu.

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  6. Pe Enrico, ratificando o meu texto acima, me expressei mal ao dizer a palavra bobagem. Suas afirmações são corretas. Oque me surpreendeu foi o senhor achar que o caminho neocatecumenal age contrário a doutrina católica. Vejo que os ataques ao caminho neocatecumenal são uma espécie de defesa dos padres e bispos que não são pastores de verdade que não se preocupam com o amadurecimento da fé de seus fiéis. Olavo

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